Imagine viver para sempre mas nunca ser lembrada.

Essa é a maldição (ou talvez o preço) que Addie LaRue paga por um pacto feito numa noite de desespero, em 1714. Cansada das amarras impostas pela vida e pela sociedade, ela decide entregar sua alma à escuridão em troca da liberdade eterna. Só não esperava que a liberdade viesse acompanhada de um fardo: Addie se torna invisível para o mundo. Ninguém se lembra dela. Nenhum rosto, nenhum nome, nenhum amor permanece.

Escrito por V. E. Schwab e publicado no Brasil pela Galera Record, A Vida Invisível de Addie LaRue é um daqueles livros raros que falam diretamente com a alma. A autora constrói uma narrativa envolvente, melancólica e, ao mesmo tempo, absolutamente encantadora. Cada página é uma mistura de poesia e dor, de beleza e solidão. Schwab brinca com o tempo, costurando séculos de história e mostrando uma mulher que, mesmo esquecida por todos, insiste em existir.

Ao longo dos anos, e séculos, Addie se torna uma sombra presente nas obras de arte, nas músicas, nas pinturas. Ela é a musa anônima que inspira sem ser reconhecida, a centelha por trás da criação. Até que, um dia, algo muda. Alguém finalmente se lembra dela.

E é nesse instante que o livro ganha uma nova camada de emoção, questionando o que é mais importante: viver para sempre ou ser lembrado?

Com uma escrita delicada e uma atmosfera quase mágica, Schwab nos convida a refletir sobre a efemeridade da vida e o poder da memória. É impossível terminar a leitura sem se emocionar com o peso e a beleza da história de Addie, uma mulher que desafia o esquecimento e encontra, em meio à eternidade, o verdadeiro sentido de existir.

Além do conteúdo arrebatador, a edição física lançada pela Galera Record é um espetáculo à parte: capa dura, detalhes dourados e acabamento primoroso que fazem do livro uma verdadeira joia para os olhos e para o coração. Um daqueles exemplares que a gente tem orgulho de exibir na estante e reler sempre que o tempo pedir um pouco de magia.

A Vida Invisível de Addie LaRue é um livro sobre amor, liberdade, arte e humanidade. Uma história que ecoa no coração de quem lê e que, ironicamente, é impossível de esquecer.