Vivemos na era da velocidade. Comunicações, deslocamentos, informação, relacionamentos, trabalho. Tudo isso somado a pressão das mídias apregoando ideais inatingíveis de vida e corpos perfeitos. Não por acaso nunca na história da humanidade foram consumidos tantos ansiolíticos e antidepressivos, quanto nos dias atuais.

A despeito de toda fenomenologia que explica nosso estado mental na atualidade, importa saber o que de fato podemos esperar das medicações antidepressivas e ansiolíticas.

Imagem ilustrativa/pixabay

Muitas vezes o que se procura nos fármacos é alguma solução milagrosa que resolva questões internas e externas. Faz pouco sentido tomar medicação quando a queixa relatada tem como origem a tristeza de um casamento falido, insatisfação com o chefe abusivo, desemprego, preocupação com a filha que está usando drogas. Isso não quer dizer que os exemplos citados não possam de fato levar a depressão ou transtorno ansioso, significa que, enquanto as causas externas de sofrimento não forem sanadas, haverá talvez, apenas alívio momentâneo da angústia pois o estímulo agressivo continua lá.

Antidepressivo não traz de volta a pessoa amada, não cura a chatice do seu chefe e não enche sua conta de dinheiro. O intuito das medicações não é tapear a realidade, causar entorpecimento dos sentidos, anestesiar percepções. O sucesso do tratamento apoia-se na maioria das vezes, no desejo de melhora do próprio paciente e isso demanda engajamento com a própria vida.

É necessário compreender a autorresponsabilidade  que leva a atitudes capazes de melhorar a qualidade de vida e da saúde mental. Fazer atividade física, comer saudavelmente, dormir, estudar/ler. Essas são algumas atividades básicas, contudo, não fazem parte da rotina da maioria das pessoas com queixas ansiosas ou depressivas. Bons hábitos de vida protegem contra a deterioração mental e física, além de fazerem parte de qualquer tratamento psiquiátrico. Portanto, não se engane buscando em fármacos as pílulas mágicas da felicidade.

Muito das vivências e sintomas desagradáveis que experienciamos, são provenientes de nossa liberdade em fazer más escolhas. Use a liberdade a seu favor, melhore hábitos de vida, um pouco de cada vez, incorpore-os em sua rotina cotidiana paulatinamente e certamente, antes do que imagina, começará a colher os frutos.

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Caso necessite de tratamento, procure um profissional de confiança e não faça uso de medicações sem orientação médica. A diferença entre o veneno e o remédio muitas vezes é a dose.  

Por: Dr Frederico Félix

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