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O TDAH- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é uma condição psiquiátrica com incidência em elevação no Brasil e também ao redor do mundo.

A prevalência em nosso país é de cera de 8,6% e geralmente o diagnóstico é feito em crianças na faixa etária escolar. Infelizmente as causas do TDAH ainda são desconhecidas e o diagnóstico se baseia em consulta clínica preferencialmente por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo). Além dos profissionais da saúde também é fundamental o relato dos pais, professores e até outras pessoas que convivam com a criança, para construção do diagnóstico.

No TDAH estão presentes 3 características marcantes; distraibilidade, impulsividade e desatenção. A doença acomete mais os meninos do que as meninas. Nos meninos nota-se maior impulsividade e hiperatividade, enquanto nas meninas notamos mais desatenção.

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Nem toda criança arteira é TDAH e necessita-se de cuidado para não tratar com medicações uma criança que apenas apresenta peculiaridades para aquisição de aprendizado. Os sintomas ou características de um verdadeiro TDAH devem persistir por no mínimo 6 meses e serem notadas em pelo menos 2 ambientes distintos, ou seja, a pessoa com TDAH não apresenta dificuldade apenas na escola, ela também apresenta dificuldades de concentração e realização de tarefas em outros ambientes.

É comum notarmos pessoas com muita dificuldade para iniciar e terminar tarefas, muito esquecidas, dificuldade em acompanhar filmes até o final, dificuldade em assistir séries, ler livros, entre outros. Portanto, engana-se quem acha que o diagnóstico de TDAH baseia-se somente em dificuldades escolares e realização de tarefas não prazerosas.

A pessoa com TDAH sofre, pois, sua funcionalidade na vida cotidiana fica comprometida e muitas vezes seu esquecimento e distraibilidade podem ser rotulados como preguiça, desinteresse, incompetência, pouca inteligência.

A maioria das pessoas portadoras de TDAH tem inteligência normal e com tratamento adequado tem possibilidade de ter uma vida normal e produtiva. O tratamento baseia-se em medicações estimulantes e psicoterapia. É uma condição crônica, ou seja, quem tem TDAH será assim por toda a vida, contudo, isso não necessariamente significa que essa pessoa usará medicação para sempre. Muitas vezes a pessoa com TDAH apresenta uma adaptação a sua condição ao longo da vida fazendo com que sua característica de aprendizado, concentração e memorização deixe de ser um obstáculo para suas atividades.

Por: Dr Frederico Félix

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