Em pronunciamento durante reunião informal do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, por ocasião do encontro do G20 em Buenos Aires, nesta sexta-feira (30), o presidente da República, Michel Temer, defendeu que a Organização Mundial do Comércio seja mais forte e atuante.

“Individual e conjuntamente levantamos nossas vozes contra o protecionismo e em defesa de um sistema internacional de comércio baseado em regras. Reafirmamos nosso respaldo à Organização Mundial do Comércio e a seu mecanismo de solução de controvérsias e estamos dispostos a dar nosso aporte a debates que tenham lugar na própria Organização Mundial do Comércio sobre o futuro de uma organização que queremos mais forte e mais atuante”.

G20 Michel Temer

 Chefes de Estado do Brics – EFE/Michael Klimentyev/Direitos reservados

 

Temer acrescentou que passados 10 anos da crise economia de 2008 novamente o momento atual é desafiador. “Não são os mesmos desafios, mas são desafios também coletivos, que passam por tendências ao protecionismo, ao isolacionismo e ao unilateralismo e que portanto exigem como antes respostas coletivas. Exigem que nos mantenhamos apegados à mesma ideia singela mas poderosa, ideia singela de unirmos esforços”, avaliou.

Transição

O presidente aproveitou o discurso para dizer que está se despedindo e que o Brasil está em fase de transição de governo. Temer disse que convidou o presidente eleito, Jair Bolsonaro, a acompanhá-lo ao evento, mas ele não pôde comparecer. “Naturalmente, em seu nome, do presidente eleito, na convicção mais absoluta de que ele terá uma participação muito ativa no Brics, eu transmito os seus cumprimentos e a mensagem de que terá grande prazer em recebê-los no Brasil no próximo ano, por ocasião da cúpula do Brics”, disse Temer.

O Brasil assume a presidência rotativa dos Brics no ano que vem, quando sediará a 11ª cúpula do grupo.

Encontros bilaterais

Pelo Twitter, Temer informou que teve reunião com o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong, e trataram de “incentivos para investimentos estrangeiros nas áreas de infraestrutura como concessão de portos, aeroportos e hidrovias.”

Por: Agência Brasil